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Cultura Online no RH

Desenvolvimento de softskill para interagir com diversidade e adversidade, continuous learning, autogestão e identificação de propósito: nova cultura online de RH.

Tenho o prazer de compartilhar com vocês o inspirador bate-papo com a Fernanda Atilio, RH Asia Pacific na SEL, sobre como o RH e a Gestão em geral foram e estão sendo positivamente impactados pela inclusão do universo online em nosso dia a dia.

Percorremos vários aspectos relacionados às rotinas do departamento de Recursos Humanos, treinamentos, características de gestão, fortalecimento da confiança entre equipes, produtividade e como as ferramentas digitais auxiliam na agilidade e otimização do tempo, além de aproximar colaboradores geograficamente distantes.

O avanço da tecnologia trouxe diversas facilidades e o distanciamento social potencializou o aprendizado e impulsionou os gestores a desenvolverem uma visão sistêmica para conquistarem melhores resultados diante das adversidades jamais imaginadas.

Convido a todos para visualizar um compilado de nossas ponderações abaixo:

A inclusão de ferramentas digitais no departamento de Recursos Humanos vinha sendo inserida gradativamente, em algumas empresas mais rapidamente e em outras mais lentamente. O papel do profissional de RH foi se aprimorando ao longo do tempo e passou de operacional e burocrático para estratégico, se transformando no responsável pelo capital humano nas organizações. Um novo mindset e skills que catalisa, desenvolve, retêm e impulsiona o desenvolvimento, despertando o melhor de cada pessoa.

O RH vem utilizando as ferramentas digitais em, praticamente, todos os seus processos e durante todo ciclo do colaborador dentro da empresa. Desde o momento de recrutamento, seleção e contratação por meio das ATS (Applicant Tracking System), passando pela integração e reuniões virtuais, até o seu aprimoramento constante com treinamentos técnicos, comportamentais e dinâmicas de grupo online.

A dinâmica de grupo é fundamental em várias atividades distintas, incluindo o team building. O principal desafio do RH é conseguir fazer a análise comportamental, de identidade, de raciocínio lógico e criativo dentro do ambiente virtual, tanto por falta de familiaridade com as ferramentas digitais, como pela falta de naturalidade dos participantes que estão ainda se adaptando a este universo e reagem aos estímulos propostos de forma diferente de como reagiriam se estivessem presencialmente.

Um exemplo super interessante que a Fernanda trouxe durante nossa conversa, foi a identificação da causa raiz de uma situação problemática levantada durante a avaliação de clima: “Usar a dinâmica de grupo após a pesquisa para discutir sobre o tema e gerar sugestões de melhoria possibilitou a troca de experiências e o entendimento de como sanar aquela questão”, disse Fernanda.

Algumas empresas investiram nos Academy e University próprios para desenvolver seus treinamentos e impulsionar o aprendizado, neste contexto o RH tem papel fundamental em estimular os colaboradores a fazerem os cursos propostos para cada cargo/departamento e, muitas vezes, possuem metas a serem cumpridas no decorrer do ano. Outras empresas somente sentiram essa necessidade após o isolamento social e a impossibilidade de fazer treinamentos presenciais, levando-as a se estruturarem rapidamente para continuar transmitindo conteúdos e cursos.

Quando falamos sobre liderança na gestão virtual, percebemos maior dificuldade dos que realizam micromanagement pela sua necessidade de controle, apego a detalhes e observação constante de cada passo da equipe. Neste caso, a pressão é grande para ambos os lados e o senso de propriedade das atividades é mais desafiador. Já os gestores de visão e ação macromanagement possuem maior facilidade de passar as diretrizes, indicar responsabilidades e impulsionar o senso de ownership de cada um. É preciso focar mais na produtividade e entrega do que no processo de trabalho em si e confiar na equipe para obter melhores resultados.

Na visão da Fernanda a adaptação e as dificuldades de lidar com as ferramentas digitais está mais relacionada com a personalidade e preferências do profissional do que com a sua idade e/ou cargo. Por exemplo em relação ao home office, alguns se sentiram super à vontade de desenvolver seu trabalho em casa e estão felizes com isso, já outros estão tendo dificuldades em conciliar trabalho, filhos, cônjuge e afazeres de casa, tudo em um único ambiente e não estão se sentindo bem com toda essa mudança. A cultura familiar influencia muito nessa hora.

O distanciamento social impulsionou a aproximação virtual e derrubou resistências e entraves internos (pessoais) e externos (culturais). Os colaboradores de diferentes localidades geográficas estão se comunicando melhor e participando com maior fluidez durante as reuniões virtuais, tornando o ambiente mais colaborativo e integrador. Conciliando fusos horários diferentes, é possível ter a equipe inteira da Ásia Pacífico em uma única reunião.

Outros grandes benefícios do online foram a otimização do tempo e a redução de custos com deslocamentos, tanto para atividades relacionadas à empresa como para clientes e novos negócios. Houve um saving enorme em relação a gastos de viagens, o que faz pensar o quanto são realmente necessárias ou podem ser substituídas por uma videoconferência, por exemplo. E esse refletir sobre todas essas mudanças e encontrar melhores soluções é uma constante para o RH.

Toda mudança no início gera desconforto, mas a praticidade das ferramentas digitais e do universo online está transformando a cultura do RH, das empresas e do mundo todo. A forma como nos relacionamos foi impactada e não tem mais volta, flexibilização de horário e local de trabalho já faz parte da nossa rotina. Encontrar um equilíbrio e conciliar as vantagens de cada modelo será o nosso grande desafio.

O desenvolvimento dos softskills para interagir com a diversidade e a adversidade, o continuous learning para expandir horizontes, a autogestão para ir além e a identificação de propósito para ressignificar, fazem parte da nova cultura dos profissionais de RH.  

Uma coisa é certa: Recursos Humanos é Humano. O “Olho no Olho”, Face to Face, jamais perderá a sua força. Concordam?

Forte Abraço,

Margarete Rocha Diretora Associada