Recentemente saí de férias e fui conhecer Budapeste, Viena e Praga e, além das grandiosidades, riquezas e histórias que pude viver e conhecer, ficou forte na minha mente a “Questão da Confiança”, a qual quero compartilhar ricas constatações e que me fizeram refletir melhor sobre este importante assunto.
Quando fiz minha certificação em Coaching com a “Crescimentum”, entre inúmeras ferramentas de trabalho, conheci o "Teste das Dimensões da Confiança", elaborado por Marco Fabossi. Os testes e ferramentas de avaliação são aplicados de forma personalizada para medir e desenvolver essas áreas, que incluem autoconhecimento, vulnerabilidade, autenticidade, integridade, transparência, interesse genuíno, cooperação, competência e resultados.
Trata-se de uma abordagem que avalia quatro dimensões
interdependentes.
AUTOCONFIANÇA - Aspectos principais: autoconhecimento, vulnerabilidade e autenticidade. A autoconfiança é o ponto de partida para se ter confiança em si mesmo para depois confiar nos outros. É preciso conhecer os pontos fortes e os a desenvolver e decidir o que fazer com eles. É necessário ter coragem para demonstrar a vulnerabilidade, permitindo que as pessoas te vejam como você realmente é, autêntico, sem máscaras ou escudos.
CONFIANÇA PESSOAL – Aspectos Principais: Integridade, honestidade e transparência nas ações. Baseia-se em demonstrar como Pessoa. E a característica mais desejada: a Honestidade, a qual inspirará pessoas para seguirem seu exemplo. Desta forma ao elevar o nível da Confiança Pessoal, produzimos a Credibilidade.
CONFIANÇA INTERPESSOAL – Aspectos principais: Interesse genuíno, abertura, equidade. Reflete a qualidade dos seus relacionamentos com outras pessoas. Envolve o interesse genuíno pelo outro, a interdependência e a capacidade de cooperação com outras pessoas.
CONFIANÇA REALIZACIONAL – Aspectos principais: Competência, Accountability e Celebração. Ligada à competência, entrega e aos resultados alcançados. É a capacidade de cumprir o que foi prometido e de inspirar outras pessoas no atingimento dos resultados.
Mas afinal, o que isto tem a ver com minhas férias? TUDO.
Uma cultura diferente me fez refletir, ressignificar, reavaliar, colocar
em xeque, entender a grandiosidade do que está em jogo, o quanto isto tudo é
importante e me fez bem.
Em Budapeste, Viena e Praga, observei coisas interessantes e compartilho com vocês, 4 delas que mais chamaram a atenção.
1. Faixa de Pedestre - Logo que cheguei e já sabia que meu papel era atravessar na faixa e os carros paravam para os pedestres atravessarem. Com um pouco de desconfiança, receio, pensava: Será que ele vai parar mesmo? Mas logo me acostumei, lá o trânsito fluía harmonicamente;
2. Ticket do metrô - Uma outra experiência impactante
foi com o metrô, compramos os tickets para 72hs e ao entrar validei o meu
ticket na máquina e pronto. Ao longo do dia e depois no dia seguinte, não era
necessário validar mais. Não havia
pessoas controlando os acessos. Via milhares de pessoas entrando e saindo e
pensei: Nossa, como isto pode funcionar assim, sem alguém controlando?
E aqui também existia uma questão importante: O quanto aquele sistema confiava em mim e em cada um de nós. Isto não tem preço. Para mim é algo muito forte que estava em jogo. Gostei muito da sensação, e da minha parte, pretendia seguir tudo direitinho para que esta confiança, jamais fosse perdida.
3. Garrafinha de água Culligan – Próximo à
porta de saída do hotel tinha um bebedouro, com algumas garrafas higienizadas
da Culligan. Lindas as garrafas que eu podia abastecer com água natural, gelada
ou com gás, gratuitamente, e levar no meu passeio. É uma lembrancinha do hotel e posso levar
embora para minha casa? Será que as pessoas devolvem esta garrafa?
Logo cedo no dia seguinte fui conferir e todas estavam de
volta para serem novamente higienizadas, inclusive a minha!
Novamente tinha algo importante em jogo, que não tem preço. A relação de confiança.
4. Bicicletas estacionadas sem proteção – Observei um casal estacionando sua bicicleta em uma avenida movimentada e entrando para conhecer um ponto turístico. Acredito que ia ser rápido, mesmo assim, deixaram lá, sem cadeados. Me chamou a atenção, a princípio fiquei preocupada, mas nada aconteceu. Ela ficou lá aguardando seus donos retornarem.
Na teoria sabemos que a Confiança deve se estabelecer, mas na prática nós a distorcemos para ter alguma vantagem, alguns ganhos. Complicada esta nossa relação com a Confiança. Pode ser “Rifada” por nada.
Mas como fortalecer a confiança? E por que ela se enfraquece? E o que acontece com o indivíduo quando isto acontece?
Sabemos que nem tudo é perfeito e que coisas acontecem, como recentemente vimos o roubo no museu do Louvre em Paris, no qual joias valiosas foram levadas. O assalto durou entre quatro e sete minutos. Coisa de filme, mas aconteceu. Com certeza eles também têm que lidar com pessoas que quebram as relações de confiança.
Mas se algo que escrevi aqui que não faz sentido para você, peço que fique somente com a intenção positiva das minhas palavras e reflexões.
A confiança não é só uma atitude ética, é também uma atitude que cria coerência interna e permite que a gente direcione a energia da vontade de uma forma poderosa e construtiva.
Relações de confiança são valorizadas pela humanidade? Como é aprendida / desenvolvida? Como se estabelece em diferentes culturas?
O convite aqui é a reflexão sobre como lidamos com o tema, quais são os principais motivos pelos quais a Confiança pode ser quebrada, o que pensamos e como nos sentimos com relação a isto, falando sobre o tema sem julgamentos e resistências.
O “Teste das dimensões da Confiança”, pode fazer parte, como mais um instrumento de uma sessão de Coaching. Nos ajuda a aprofundar e discutir pontos importantes, como Autoconfiança, Confiança pessoal, Interpessoal e Realizacional. Quer saber mais? Entre em contato conosco e podemos agendar um horário para nos conhecermos.